Defender a vida desde o momento da concepção até a morte natural”
Com estas palavras, Dona Maria Cecília Passarelli, presidente da Associação em Defesa da Vida Nascente e da Família define o trabalho desenvolvido a mais de 30 anos em favor da vida humana. Com objetivo de orientar, não somente os jovens, mas a família a respeito do valor da vida humana que tem sido tão desvalorizada nos últimos tempos.
Fundada em 11 de abril de 1996, por dois anos, ficou instalada em uma sala em cima do antigo Supermercado Peralta, na Avenida Nove de abril. Tudo começou quando Dona Cecília foi assistir há uma palestra sobre o Método Billings (controle da natalidade natural) e, até então, nada sabia sobre o aborto. Lá recebeu um folheto do movimento Gianna Beretta Molla que falava da importância sobre a vida intrauterina.
“Além do trabalho que iríamos começar com os casais, achei interessante assistir esta palestra. Em casa, orei e pedi à Deus que me falasse o que ele queria em relação ao aborto. Então abrindo a Bíblia a resposta estava em Jeremias 31,15 Assim diz o Senhor: “Um clamor se ouve em Ramá, de lamento, de choro, de amargura. É Raquel que chora seus filhos e recusa ser consolada, porque eles já não existem!” e senti que o senhor queria algo. Liguei para o movimento do qual eu havia participado e adquiri todo o material para desenvolver o trabalho”, comentou.
Projeto Salvar Vidas
Há pouco mais de um mês, a Associação está com uma parceria, com o “Projeto Salva Vidas”, que consiste em preparar pessoas que já participam de grupos de oração, os evangelizadores, à adquirirem material sobre o aborto, panfletos e material de evangelização. Pois, além do serviço prestado pela Associação, ainda levam a palavra de Deus para as famílias.
Testemunho
A presidente da Associação Maria Cecília relata um fato ocorrido quando ainda estava no ventre de sua mãe: “Um dia fiquei sabendo que eu era para ser abortada quando a gravidez estava com 6 meses e meio. O médico havia constatado um problema e a gestação não poderia chegar ao final. Sem que ela soubesse, o médico combinou com meus avós e resolveram eliminar a criança para salvar a mãe. Foi receitada uma droga para ser tomada de hora em hora. Graças, a Deus, a droga era muito amarga e minha mãe disse que morreria, mas não tomava mais aquilo. No dia seguinte, ela entrou em trabalho de parto. Nasci na roça, tão pequena que mal cabia nas roupinhas preparadas, tendo ainda uma cuia com roupas aquecidas como incubadora. Minha mão não morreu e teve ainda mais seis filhos”.
O que é o Aborto?
O aborto é quando uma gravidez é interrompida. Existem quatro tipos: o primeiro por sucção, quando o bebê é triturado e aspirado para fora do útero; o segundo por curetagem, quando o bebê é cortado aos pedaços e arrancado do útero; o terceiro por micro cesariana, é uma cesariana para matar o bebê – às vezes, ele ainda sai vivo e é morto depois – e o quarto é o aborto químico, quando a mulher ingere drogas, pílulas ou injeções que matam o bebe. .”É possível alertar as pessoas que, no momento da fecundação, quando o óvulo se une ao espermatozoide, já existe vida humana e que, com 20 dias de gestação, o coraçãozinho do bebê já começa a bater. Se a vida não começa com a concepção, começa quando?”, questiona.
Dona Cecília segue dizendo que muitas mulheres e adolescentes, quando grávidas, são expulsas de casa, e ficam sem ter para onde ir. Por isso, a necessidade do trabalho da assistência, com acompanhamento, ajuda financeira, local para ficar e até com enxoval de bebês. “O aborto é um trauma e a pessoa precisa desse apoio. Temos muitas histórias de pessoas que estavam dispostas a fazer um aborto e, ao ter nas mãos o material da associação, acabaram desistindo e sentiram verdadeiro amor pela criança que estava a caminho”.
“As leis que estão aí para serem aprovadas (legalizando o Aborto), vão dar condições para esta prática e nos preocupam bastante, pois, o nosso objetivo, é sempre defender a vida, independente do que está acontecendo. Muitas mulheres estão morrendo e dizem que o foi feito em clínicas clandestinas, não é verdade. Em qualquer situação, a mulher pode morrer com o útero perfurado? Se você não tem certeza que é uma vida, não mate!”, alertou.
A associação em Defesa da Vida Nascente e da Família fica na Avenida das Nações Unidas, 97 na Vila Nova. Maiores informações podem ser conseguidas no telefone (13) 3361-3706, pelo site (www.tudopelavida.com.br) ou e-mail (contatos@tudopelavida.com.br).
Fonte: Jornal Cidade de Cubatão - edição 25/03/2011 - Jornalista Sueli Costa
